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Quem é Sóstenes Cavalcante, líder do PL na Câmara dos Deputados e alvo da PF nesta sexta-feira

PF faz operação contra desvio de cotas parlamentares Os deputados federais fluminenses Sóstenes Cavalcante e Carlos Jordy, ambos do Partido Liberal (PL), for...

Quem é Sóstenes Cavalcante, líder do PL na Câmara dos Deputados e alvo da PF nesta sexta-feira
Quem é Sóstenes Cavalcante, líder do PL na Câmara dos Deputados e alvo da PF nesta sexta-feira (Foto: Reprodução)

PF faz operação contra desvio de cotas parlamentares Os deputados federais fluminenses Sóstenes Cavalcante e Carlos Jordy, ambos do Partido Liberal (PL), foram alvo de buscas nesta sexta-feira (19) da Operação Galho Fraco, da Polícia Federal (PF), sobre um esquema de desvio de recursos públicos vindos de cotas parlamentares. Eleito em 2022 para o 3º mandato na Câmara dos Deputados, Sóstenes foi escolhido em fevereiro deste ano líder do PL na Casa e desde então tem sido um dos principais porta-vozes da direita no Congresso. A PF apreendeu cerca de R$ 400 mil em espécie em um endereço de Sóstenes em Brasília. Segundo investigadores, o valor em espécie estava dentro de um saco preto, em um armário. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias do RJ em tempo real e de graça Em entrevista a jornalistas, o deputado Sóstenes Calvacante disse que recebeu o valor recentemente e que não depositou a quantia em um banco em razão da "correria de trabalho" e que isso foi um "lapso". Carlos Jordy publicou uma nota e um vídeo nas redes sociais que é vítima de perseguição, e que a empresa citada é usada por eles desde o início do mandato (veja a nota completa ao fim da reportagem). Deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do partido na Câmara dos Deputados Bruno Spada/Câmara dos Deputados LEIA TAMBÉM: O que é cota parlamentar, que levou à investigação contra deputados do PL Carlos Jordy perdeu eleições para prefeito de Niterói; perfil Biografia e projetos Sóstenes Silva Cavalcante nasceu em Maceió (AL), em 16 de janeiro de 1975. No perfil publicado em sua página, afirma “ter raízes na Baixada Fluminense”, em Duque de Caxias, “de onde origina sua família”. O deputado é pastor evangélico, membro da Igreja Evangélica Assembleia de Deus, e declarou formação em Teologia pela Faculdade de Ciências, Educação e Teologia do Norte do Brasil (Faceten). É casado com Isleia Cavalcante e tem 2 filhos, Junior e Jennifer. Em seu perfil, afirma que suas principais agendas são “a defesa à vida e aos interesses da família” e “a prevenção e recuperação de dependentes químicos”. Também diz “servir e atuar pelos menos favorecidos”. O texto destaca que Sóstenes “já participou de mais de 35 comissões”, tendo sido presidente da Comissão do Estatuto da Família, vice-presidente da Comissão de Educação e vice-presidente da CPI da Lei Rouanet. Em 2023, foi o 2° vice-presidente da Câmara dos Deputados. Já em 2022, atuou como presidente da Frente Parlamentar Evangélica do Congresso Nacional. Segundo a biografia, “tem mais de 600 proposições”. É autor, por exemplo, da lei que permite a recondução de conselheiros tutelares e relatou a nova Lei da Adoção. O texto diz também que Sóstenes “trabalhou pela aprovação da redução da maioridade penal e pela correção do fator previdenciário”. Destaca ainda que o pastor “fez uma entrega simbólica de ‘aviso prévio’ à ex-presidente Dilma Rousseff e votou sim ao impeachment”. O que dizem os deputados O deputado Sóstenes Calvacante afirmou que havia vendido um imóvel e recebido o pagamento em dinheiro lacrado, dizendo que tudo ocorreu normalmente. Segundo ele, o imóvel já estava declarado em seu Imposto de Renda e não havia qualquer ilegalidade na transação. Questionado sobre onde o dinheiro foi apreendido, Sóstenes disse não saber onde o montante estava, se em um flat que utiliza em Brasília ou em outro endereço. Segundo ele, seus contadores que cuidam de suas movimentações financeiras. Ele também afirmou que é vítima de uma perseguição judicial e que não tem "nada a temer" na investigação sobre supostos desvios de recursos públicos. O deputado Carlos Jordy publicou um vídeo nas redes sociais nesta manhã, confirmando ser alvo dos mandados da PF e alegando que é vítima de perseguição. Ele negou qualquer irregularidade com a empresa citada nas investigações. Jordy alegou que, além de endereços ligados a ele, a PF também cumpriu mandados em endereços de familiares. "Eles dizem que chama muita a atenção o número de veículos dessa empresa, dizendo que as outras empresas tem mais de 20 veículos na sua frota, e que a empresa de veículos que usamos tem apenas cinco, por isso, seria uma empresa de fachada", afirmou. Ele também enviou uma nota à imprensa. Veja na íntegra: "No dia de hoje, endereços ligados a mim e ao líder do meu partido, deputado Sóstenes Cavalcante, foram alvo de buscas da Polícia Federal, autorizadas pelo ministro Flávio Dino. As diligências são um desdobramento de buscas realizadas em dezembro do ano passado e teriam como foco supostas irregularidades no aluguel de veículos do meu gabinete. Uma das alegações é que a empresa contratada — da qual sou cliente desde 2019 — possuiria apenas cinco veículos. Se o contrato existe há anos, o que a operação anterior não encontrou para justificar nova ação agora? Não cabe ao parlamentar fiscalizar a frota ou a estrutura interna da empresa contratada, mas sim contratar o serviço mais eficiente e pelo menor custo, como sempre fiz. É inadmissível, em uma democracia, que a Polícia Federal seja usada para intimidar parlamentares da oposição. Buscas contra deputados exigem indícios concretos de crimes graves e a atuação de autoridades imparciais. Causa estranheza que eu e o deputado Sóstenes, justamente quando investigamos o roubo de bilhões do INSS, tenhamos endereços violados e documentos apreendidos enquanto exercemos nosso dever constitucional de fiscalização. Seguirei firme na oposição e na CPMI do INSS. Essas ações não irão me intimidar nem interromper meu trabalho em defesa dos aposentados".

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